Em 1943, surgiu uma peça fundamental no quebra-cabeça das relações laborais no Brasil: o decreto n°5452, concebido por Getúlio Vargas, deu vida à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada para cuidar do bem-estar dos colaboradores e estabelecer diretrizes para as interações laborais.
Apesar de ter a legislação trabalhista mais completa do mundo, o Brasil também é um dos países que mais possui casos de passivos trabalhistas no mundo. Por que será que isso acontece?
A resposta vai além das linhas da lei: reside na forma como as empresas conduzem suas práticas e interações com seus colaboradores.
Em um cenário onde litígios são comuns, surge a necessidade de descobrir não apenas como evitar passivos trabalhistas, mas como cultivar uma cultura organizacional que os impeça de surgir.
Para te ajudar a entender como funcionam essas situações e o que você pode fazer para evitá-las, nós preparamos este artigo completo. Siga a leitura e confira!
O que são passivos trabalhistas?
Passivos trabalhistas são litígios legais que surgem quando há uma disputa entre um empregador e um funcionário.
Geralmente, relacionadas às questões trabalhistas, como salários não pagos, condições de trabalho inadequadas, demissões injustas, assédio no local de trabalho ou discriminação.
A justiça trabalhista conduz esses processos, envolvendo a apresentação de argumentos e evidências de ambas as partes, com o objetivo de resolver a questão de acordo com a legislação vigente.
Vale ressaltar que para iniciar o passivo trabalhista, o prazo é de 2 anos a partir da data da demissão.
Após esse período, o funcionário não tem mais o direito de iniciar a ação judicial.
Como funcionam os passivos trabalhistas?
É essencial que se busque orientação de um advogado especializado antes de iniciar uma reclamação trabalhista.
Contar com esse profissional é crucial para esclarecer os direitos do trabalhador, avaliar a viabilidade da ação e prevenir quaisquer contratempos ao longo do processo.
Quando um funcionário acredita ter sido prejudicado em suas interações com a empresa ou seu empregador, ele vai em busca de uma tentativa de resolver essas questões através da intervenção do sistema judicial.
Quais são os passivos trabalhistas mais comuns?
Abrangem uma variedade de questões, que podem surgir nas relações entre empregadores e funcionários.
Entre eles, destacam-se as reclamações relacionadas a salários atrasados ou não pagos, horas extras não remuneradas e qualquer outra violação relacionada aos direitos trabalhistas.
Além disso, é comum encontrar processos referentes a rescisões indevidas ou demissões injustas, nos casos em que um funcionário é demitido sem justa causa.
Outro tipo frequente de processo trabalhista envolve assédio ou discriminação no local de trabalho.
Eles envolvem questões como assédio sexual, discriminação por raça, gênero, idade, religião, orientação sexual ou deficiência, que podem resultar em ações legais contra o empregador.
Também são recorrentes passivos trabalhistas relacionados a condições de trabalho inseguras ou inadequadas.
Isso ocorre quando os funcionários alegam falta de equipamentos de segurança, ambiente insalubre ou qualquer outra violação das normas de segurança no local de trabalho.
Processos decorrentes da negação de benefícios ou direitos trabalhistas, como a recusa do empregador em fornecer férias remuneradas, licença médica, horas de descanso adequadas, entre outros direitos garantidos por lei, também são bastante frequentes.
Diante de descumprimento de acordos ou contratos de trabalho, nos quais os empregadores não cumprem as condições estabelecidas, os funcionários acabam recorrendo à justiça.
Qual é o valor de um passivo trabalhista?
Determinar o custo de um processo judicial pode ser bastante variável, pois depende de diversos fatores.
Tudo depende da complexidade do caso, tipo de ação, honorários advocatícios, custas judiciais e eventuais despesas com perícias ou outros recursos necessários para o processo.
Na Justiça do Trabalho no Brasil, as custas processuais são calculadas com base em uma tabela de valores fixos estabelecida pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) de cada região do país.
Essa tabela define taxas específicas de acordo com faixas de valores atribuídos à causa, em vez de uma porcentagem do valor em disputa.
Portanto, o custo de um processo judicial na Justiça do Trabalho dependerá do valor atribuído à causa e da taxa aplicável de acordo com a tabela do TRT correspondente.
Em resumo, a Justiça do Trabalho incluirá as custas processuais conforme a tabela do TRT correspondente, bem como os honorários advocatícios, que podem ser negociados entre o cliente e o advogado.
O que acontece se as empresas não pagarem os débitos?
Caso uma empresa não pague os valores determinados com os processos trabalhistas, estão sujeitas a diversas consequências legais e financeiras.
O trabalhador pode solicitar a execução da decisão judicial, que pode resultar em medidas coercitivas, como penhoras de bens da empresa e bloqueio de contas bancárias para garantir o pagamento.
Além disso, a empresa pode ser obrigada a pagar multas e juros por atraso no pagamento, aumentando o valor total da dívida.
Fora as consequências legais e financeiras, o não pagamento de passivos trabalhistas pode afetar negativamente a reputação e imagem corporativa da empresa.
Portanto, é fundamental cumprir as decisões judiciais e respeitar os direitos trabalhistas dos funcionários para evitar essas consequências.
O que a empresa pode fazer para evitar os passivos trabalhistas?
Para evitar a ocorrência de passivos trabalhistas e garantir conformidade com a legislação vigente, as empresas devem adotar medidas preventivas e práticas de gestão eficazes, tais como:
- Conformidade com as leis trabalhistas: Certificar-se de que todas as práticas trabalhistas estejam em conformidade com a legislação local e nacional, incluindo salários, horas de trabalho, direitos trabalhistas, e condições de trabalho;
- Contratos claros: Elaborar contratos de trabalho claros e detalhados que definam as responsabilidades, os direitos e os deveres de ambas as partes (empregador e empregado);
- Treinamento e conscientização: Oferecer treinamento regular aos gestores e funcionários sobre as leis trabalhistas e as melhores práticas de Recursos Humanos para garantir que todos estejam cientes de seus direitos e obrigações;
- Canais de comunicação: Estabelecer canais abertos de comunicação e feedback, para que os funcionários expressem suas preocupações ou queixas antes que se transformem em litígios;
- Avaliações de desempenho: Realizar avaliações de desempenho regulares e justas, garantindo que os critérios de avaliação sejam transparentes e objetivos;
- Políticas de RH claras: Desenvolver e implementar políticas claras de Recursos Humanos que abordem questões como assédio, discriminação, licenças, horas extras e segurança no trabalho;
- Documentação adequada: Manter registros precisos e atualizados de todos os aspectos relacionados ao emprego, incluindo horas trabalhadas, pagamentos, benefícios flexíveis e registros disciplinares;
- Resolução de conflitos: Implementar um processo de resolução de conflitos eficaz para lidar com questões trabalhistas de maneira rápida e justa;
- Auditorias regulares: Realizar auditorias regulares das práticas trabalhistas para identificar e corrigir possíveis irregularidades ou áreas de risco;
- Assessoria jurídica: Consultar regularmente um advogado especializado em direito do trabalho para garantir a conformidade com as leis e obter orientação sobre questões complexas.
Adotando essas medidas, a empresa pode reduzir significativamente o risco de enfrentar passivos trabalhistas e promover um ambiente de trabalho mais harmonioso e justo.
Qual a melhor forma para se livrar dos passivos trabalhistas?
A melhor forma de se livrar dos passivos trabalhistas é adotar uma abordagem proativa para prevenir disputas trabalhistas antes que elas se transformem em processos judiciais.
Assim, é importante estabelecer mecanismos internos para resolver disputas trabalhistas de forma amigável, como mediação ou arbitragem, antes que se tornem processos judiciais.
Em caso de disputas, tentar negociar uma solução satisfatória para ambas as partes, evitando a necessidade de litígio.
Considerar a possibilidade de celebrar acordos extrajudiciais com os funcionários para resolver disputas de forma rápida e menos onerosa também é uma boa opção.
Ademais, é sempre válido consultar um advogado especializado em direito do trabalho para orientação sobre como lidar com disputas trabalhistas.
Outra forma de se resguardar é assegurando que todas as práticas de emprego estejam em conformidade com as leis e regulamentos trabalhistas.
Isso incluí diversas questões previdenciárias, como salários, horas de trabalho, direitos dos funcionários e segurança no trabalho.
É importante que a empresa mantenha registros precisos e completos de todas as questões relacionadas ao emprego.
Isso inclui contratos de trabalho, registros de horas trabalhadas e políticas de RH, para servir como evidência em caso de disputas.
Ao adotar essas medidas preventivas, as empresas podem reduzir significativamente a probabilidade de enfrentar passivos trabalhistas e resolver disputas de forma mais eficiente e menos custosa.
Além disso, é importante priorizar a implementação de políticas claras e transparentes, promovendo um ambiente de trabalho saudável e inclusivo.
Realizar auditorias internas regulares para identificar e corrigir quaisquer problemas de conformidade também é uma boa prática que sua empresa pode adotar.
Em suma, é essencial investir em boas práticas de gestão de pessoas e buscar assessoria jurídica especializada quando necessário.
A importância de um advogado diante de questões trabalhistas
Diante da relevante discussão acerca da importância de contar com apoio jurídico especializado para lidar com questões trabalhistas, o escritório VLV Advogados abordou sobre esse tema recentemente em suas redes.
Com mais de uma década de experiência, os advogados do VLV Advogados são especialistas em diversas áreas do direito, incluindo direito previdenciário.
Toda essa expertise dos magistrados os torna capazes de oferecer orientação e assistência eficazes para resolver qualquer desafio legal relacionado ao trabalho.
Essa abordagem focada nas necessidades dos trabalhadores tem reforçado a importância de um advogado nessas questões.
Recentemente, o VLV Advogados ganhou destaque por sua atuação exemplar em casos relacionados a questões trabalhistas, tanto de forma presencial quanto online.
Essa dedicação em garantir os direitos dos trabalhadores tem reforçado a reputação do VLV Advogados como um parceiro confiável e comprometido com a justiça, sendo um escritório de referência em todo o país.
Controle de Ponto: Uma ferramenta essencial para prevenir passivos Trabalhistas
Uma das formas mais eficazes de evitar passivos trabalhistas relacionados a questões de horas trabalhadas, é implementar um sistema de controle de ponto.
Essa ferramenta não só garante o cumprimento das leis trabalhistas, mas também, fornece uma documentação clara e precisa das horas trabalhadas por cada funcionário.
Um sistema de ponto eletrônico ajuda a garantir que a empresa cumpra com as leis vigentes relacionadas a jornadas de trabalho, horas extras e intervalos intrajornada.
A ferramenta também promove a transparência entre empregador e empregado, reduzindo mal-entendidos e desconfianças que podem levar a disputas trabalhistas.
Em caso de litígio, os registros de ponto servem como prova documental das horas trabalhadas, ajudando a empresa a se defender contra alegações infundadas de horas extras não pagas ou violações de direitos trabalhistas.
Portanto, o controle de ponto ajuda a prevenir abusos, tanto por parte dos empregadores (como exigir horas extras não remuneradas) quanto por parte dos empregados (como fraudes no registro de horas trabalhadas).
É essencial garantir que os colaboradores estejam, devidamente, informados sobre as políticas de registro de ponto. Também é importante que os funcionários sejam treinados, para que tenham condições de utilizar o sistema.
Para maximizar a eficácia do controle de ponto, é importante escolher um sistema que seja confiável, fácil de usar e adaptado às necessidades específicas da empresa.
Com um controle de ponto adequado, as empresas podem não só evitar passivos trabalhistas, mas também promover um ambiente de trabalho mais justo e produtivo.
Fique longe dos passivos trabalhistas com a MarQ.
Para garantir que a sua empresa fique longe dessas situações indesejáveis, o módulo de gestão de ponto e benefícios da MarQ. é a melhor opção.
A plataforma permite o acompanhamento dos registros de ponto dos funcionários em tempo real, possibilitando aos gestores, um acesso a relatórios personalizados.
Assim, fica muito mais fácil realizar uma gestão estratégica do RH, que pode focar no gerenciamento de pessoas, o que é fundamental para evitar o surgimento dos passivos trabalhistas.
A ferramenta de controle de ponto da MarQ. também permite que os gestores controlem as jornadas de trabalho dos funcionários de forma personalizada.
Com isso, é possível corrigir pontos não marcados, programas férias e afastamentos e ajustar solicitações de horas extras ou abono de faltas.
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