Você costuma se achar uma fraude? Não se sente merecedor do cargo, salário e elogios que recebe? Cuidado. Você pode ter a síndrome do impostor! Isso porque, a síndrome descreve um padrão de comportamentos no qual você duvida de suas realizações e tem um medo persistente de ser exposto como uma fraude.
Mas o que é a Síndrome do Impostor?
A síndrome do impostor é uma desordem psicológica caracterizada por pessoas que têm tendência à autos sabotagem e uma crença de que a pessoa não é boa o suficiente.
Incapazes de aceitar o próprio sucesso, pessoas com a síndrome do impostor podem se sentir como fraudes porque acreditam que só ocupam a posição atual por terem enganado as pessoas, fazendo acreditar que são mais inteligentes ou competentes do que realmente são. Ou seja, o indivíduo constrói, dentro da própria cabeça, uma percepção de si mesmo de incompetência ou insuficiência. Acha que suas conquistas são fruto de sorte ou qualquer outro fator. O mérito não vai para si.
Um comportamento observado na maioria dos casos de síndrome do impostor é a autossabotagem. Por medo de falhar, o indivíduo adota posturas baseadas no medo que acabam resultando na decepção. Isso pode acontecer, inclusive, em outros campos da vida, como relacionamentos.
Um nível alto de cobrança na infância é uma das grandes causas dessa sensação. São pessoas que sempre foram perfeccionistas e que não comemoram pequenos passos e pequenas vitórias. Por exemplo, quando recebem um elogio ou quando fazem uma excelente apresentação não comemoram. Ou quando consegue uma promoção, mas dizem “ah! Quando eu chegar na diretoria, aí sim vou ter a certeza que sou competente”.
Esta síndrome é muito comum em pessoas que têm profissões competitivas. Contudo, qualquer pessoa pode desenvolver esta síndrome, e em qualquer idade, sendo mais comum quando se está em uma posição de ser alvo de julgamentos do desempenho – como ao receber uma promoção no trabalho ou iniciar um novo projeto.
Para se falar em números, aproximadamente 70% das pessoas se sentem “uma fraude” no ambiente de trabalho alguma vez na vida, de acordo com uma pesquisa da Universidade Dominicana da Califórnia.
Como identificar os sintomas
Pessoas que sofrem síndrome do impostor por vezes apresentam os seguintes comportamentos:
1. Necessidade de se esforçar demais
A pessoa com síndrome do impostor acredita que precisa se esforçar excessivamente para justificar as suas conquistas. O perfeccionismo e o excesso de trabalho são utilizados para mostrar resultados que justifiquem o sucesso e eliminem qualquer tipo de dúvida em relação à capacidade da pessoa.
2. Auto-sabotagem
Pessoas com esta síndrome acreditam que o fracasso é inevitável, e, impulsionadas pela alta carga de ansiedade, começam a agir de forma a minar suas próprias conquistas.
Nesse sentido, elas criam mecanismos para fugir de certas experiências em que não se sentem seguras para desempenhar um bom papel. Por isso, costumam perder boas oportunidades e acabam se arrependendo constantemente.
3. Procrastinação e medo de exposição
As pessoas com essa desordem têm o hábito de adiar tarefas, compromissos e obrigações. Isso é feito com o objetivo de evitar o momento de ser avaliado ou criticado por estas tarefas.
4. Comparação com os outros
Os indivíduos só conseguem encontrar boas características nos outros e nunca em si próprios. Como resultado, isso gera muita angústia e insatisfação e os coloca numa corrida sem fim em direção a um ideal de perfeição que não condiz com a realidade de ninguém.
5. Querer agradar a todos
Tentar causar boa impressão, se esforçar no carisma e necessidade de agradar a todos, a todo o momento, são formas de tentar alcançar aprovação. Essas ações, podem até mesmo fazer com que as pessoas se sujeitem a situações humilhantes.
6. Autodepreciação
Excesso de autocobrança, intolerância às próprias falhas e necessidade de agradar a todos são alguns dos traços das pessoas que se consideram impostoras. Pessoas com a síndrome tendem a gostar menos de suas qualidades e características, tornando-se, então, amarguradas e tóxicas consigo mesmas.
7. Sentimento de não pertencimento
Frequentemente, as pessoas que sofrem com a síndrome do impostor podem pensar que não merecem estar onde estão. Quando isso ocorre, é comum que haja um sentimento de não pertencimento aos locais o que, como resultado, leva as pessoas a se afastar dos grupos.
8. Ingratidão
Por não aceitarem que são boas em algo, as pessoas nessa condição acabam tendo muita dificuldade para aceitar que os outros encontrem boas características nelas. Assim, acabam rechaçando elogios e contrapondo as pessoas o tempo todo. Torna-se mais difícil, então, apreciar qualquer tipo de reconhecimento recebido.
Como tratar essa síndrome?
No caso de serem identificadas características da síndrome do impostor, é importante que a pessoa realize sessões de psicoterapia para ajudar a pessoa a internalizar suas capacidades e competências, diminuindo a sensação de ser uma fraude. Em contrapartida, algumas atitudes podem ajudar a controlar os sintomas desta síndrome, como:
1. Reconheça suas virtudes e pontos notáveis
Anote os seus pontos fortes, realizações, habilidades e sucessos e confira essa lista, sobretudo sempre que sentir a maré de pensamentos negativos chegando. Por consequência, lembrar-se de seus talentos poderá auxiliá-lo a entender que você é bom o bastante.
2. Aceite que a perfeição não existe
A síndrome do impostor acontece quando você subestima o quão bom você realmente é e quando você acredita que é necessário saber tudo. Permita-se continuar aprendendo e aceite que todos têm suas vulnerabilidades, não importa o cargo atual ou idade.
3. Aprenda a aceitar elogios
Quem sofre da síndrome do impostor não consegue receber elogios. Todavia, na maioria das vezes esses elogios são verdadeiros. Nesse sentido, procure entender que as pessoas ao seu redor não estão sendo falsas contigo. Trabalhe a sua mente para começar a aceitar os elogios recebidos.
4. Compartilhe seu conhecimento
Ao longo de sua carreira profissional, certamente você aprendeu muitas coisas relevantes. Os momentos de adversidades, inclusive, costumam ser as melhores fontes de aprendizado. E por que não compartilhar isso? Sua bagagem pode fazer a diferença para muitos de seus colegas de profissão e pode te ajudar a aliviar o estresse acumulado.
5. Elimine as comparações
Para superar a síndrome do impostor, é necessário excluir o verbo “comparar” do dia a dia. Procure viver um dia de cada vez, sempre buscando uma relação de equilíbrio entre suas competências e fragilidades. Afinal, elas fazem parte da essência de qualquer ser humano. Aprenda a respeitar, bem como a valorizar as suas experiências, pois elas são provas cabais de que você não é uma fraude.
6. Peça feedback e faça anotações
Quando não se tem o feedback claro, as pessoas com a síndrome se auto sabotam. Se você não perguntar, não tiver uma conversa com o seu chefe, você não terá informações conclusivas.
Ao pedir feedback, faça uma lista e anote os pontos positivos para si próprio, ou tire print dos elogios. E sempre que você se sentir mal, com sentimento de menos valia, leia de novo esses feedbacks positivos.
7. Pratique exercícios e faça terapia
Os exercícios e terapia vão ajudá-lo a ter autocontrole de seus pensamentos. O acompanhamento psicológico vai ajudar a descobrir quais são seus pontos fortes e talentos para fortalecê-los, além de manter a saúde mental em dia. Em contrapartida, a terapia também te ajuda a respeitar suas falhas e limitações e a compreender que ninguém é perfeito. Já a atividade física ajuda a eliminar estresse acumulado e fará com que você tenha mais disposição e saúde física! Esses momentos de descontração são ótimos para clarear ideias, bem como para melhorar a autoestima.
A síndrome do impostor também pode ser indicativo da presença de outros sofrimentos psíquicos no indivíduo. A permanência do transtorno por períodos prolongados pode ser um alerta para a presença da depressão, ansiedade ou outros sofrimentos. Por isso, uma alternativa para isso, pode ser buscar um calmante natural com um ótimo profissional de saúde!
A importância do líder para ajudar nesse processo
Superar a síndrome do impostor não é uma tarefa simples para o profissional. Como já vimos primordialmente, contar com o apoio de outras pessoas, como de um líder, pode ser essencial!
Por isso, como líder, você deve observar seus funcionários. Não apenas o que eles dizem, mas quais são as expressões faciais e seu humor. Sempre ofereça espaços para conversas sobre sentimentos.
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Do mesmo modo, um dos principais papéis da liderança ao ajudar um funcionário com síndrome de impostor é o seu conhecimento superior sobre o ramo do seu negócio. Assim, você pode fornecer um ‘’norte’’ ao seu colaborador quando esse não conseguir enxergar o que está na sua frente.
Conclusão
Se você chegou até aqui, teve a oportunidade de aprender sobre o que é a síndrome do impostor, bem como os sinais para identificá-la: autossabotagem, procrastinação, necessidade de comparação aos outros, etc.
Além disso, você também viu algumas posturas que podem ajudá-lo a superar a síndrome do impostor, como pedir feedbacks, fazer exercícios físicos e terapia e aceitar que a perfeição não existe!
O papel do gestor também é essencial nesse processo de superação: ter um líder confiável e passível de orientação e aconselhamentos sobre o futuro, é um fator imprescindível para um colaborador com síndrome de impostor!
Por fim, se mesmo depois de todos os esforços você continuar se sentindo uma fraude, invista num processo terapêutico. Um psicólogo poderá ajudá-lo a superar a síndrome do impostor. Afinal, se não controlada, essa situação pode se agravar e desencadear problemas do calibre da depressão e da ansiedade.
Pensando em tudo que vimos sobre síndrome do impostor, é essencial que todas as questões do departamento pessoal da sua empresa estejam corretas! Assim, é possível evitar que surjam desgastes para os colaboradores e para sua gestão.
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