A Síndrome de Burnout tem sido um dos principais problemas ocupacionais a afetar a saúde mental e física de colaboradores ao redor do mundo. Especialmente após a pandemia da Covid-19, este problema ganhou destaque pela quantidade de pessoas que foram impactadas, além da intensidade dos sintomas e seus efeitos sobre a pessoa.
Segundo um estudo da Universidade de Yale, mais de 18% dos colaboradores apresentam sinais de Burnout, que são conectados com um alto índice de engajamento no trabalho. Porém, mesmo profissionais de engajamento menor, também podem ser acometidos por este problema.
Neste conteúdo, vamos falar sobre a Síndrome de Burnout, suas causas, efeitos e de que maneira a sua empresa pode agir para evitar este tipo de problema. Acompanhe conosco!
O que é a Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout é uma doença ocupacional resultante da exposição do profissional a situações de estresse intenso, prolongado ou frequente. Em geral, essa síndrome se caracteriza por sintomas de exaustão física e emocional, perda de motivação e realização pessoal ou profissional, sintomas depressivos e/ou incapacitantes.
O profissional pode se sentir drenado de energias, incapaz de realizar as demandas de seu trabalho. Em alguns casos, a pessoa também pode adotar uma postura alheia, descompromissada ou cínica em relação ao trabalho. A perda de realização pessoal também pode levar à desmotivação e, não raro, o Burnout tem sintomas físicos manifestados como tonturas, dores ou fadiga, entre outros.
Embora os sintomas causados por esta síndrome existam há muito tempo, ela foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma doença do trabalho a partir de janeiro de 2022.
Em quais profissões a Síndrome de Burnout é mais comum?
Em primeiro lugar, a Síndrome de Burnout pode acontecer em qualquer profissão ou atividade laboral. Porém, este problema acaba sendo mais comum e frequente em profissionais que lidam diariamente com altos níveis de estresse, cobrança, situações adversas, perigo ou riscos ocupacionais.
Alguns exemplos mais corriqueiros são policiais, bombeiros, professores, bancários, agentes do mercado financeiro, publicitários, atendentes de telemarketing, médicos, enfermeiros, jornalistas, entre outros. Um grupo particularmente afetado pela Síndrome de Burnout – os atendentes de telemarketing – foram contemplados em um conteúdo especial da MarQ. Veja os detalhes aqui.
Quais as causas da Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout se manifesta, principalmente, em contextos de estresse excessivo. Porém, há uma série de causas práticas para este transtorno e seus efeitos. Além disso, a Síndrome normalmente é causada pela junção de diversos fatores adversos que podem interferir na saúde do trabalhador.
Problemas pessoais e familiares podem ser uma das fontes desta síndrome. O estresse no trabalho, quando conectado com fatores externos, também. Especialmente se o estresse for por duração estendida, intenso demais ou frequente. Se uma pessoa tem estresse em excesso no trabalho, não consegue descansar em casa e ainda tem problemas pessoais para resolver, os sintomas do Burnout podem começar a aparecer.
Problemas estritamente ocupacionais, da rotina do trabalho, também podem ser motivo para Burnout. Falhas na cultura organizacional da empresa, combinadas com cobranças excessivas e longas jornadas laborais são ingredientes fortes para causar a síndrome. O não respeito a direitos como férias e intervalos intra e interjornada têm impacto direto sobre a saúde do funcionário.
A gestão ineficaz por parte da gerência da empresa causa estresse e uma série de outros gatilhos que podem levar a quadros de Síndrome de Burnout, tanto pela relação fraca entre líderes e liderados, como pelo mau entrosamento da equipe e uma falta de engajamento com o local onde se trabalha.
Se o trabalho é presencial, instalações de má qualidade também podem levar ao aumento da intensidade de todos os fatores que causam a Síndrome de Burnout. Portanto, é outro fator que não pode ser negligenciado pelas empresas.
Quais os sintomas da Síndrome de Burnout?
Ao longo deste texto, já mencionamos aspectos como exaustão emocional e fadiga, despersonalização no trabalho e redução da realização pessoal. Mas, há outros sintomas que podem estar nos relatos das pessoas acometidas pelo Burnout:
- Sintomas físicos: quando o estresse é tão grande, ele não atinge apenas a mente. Sintomas como insônia, fraqueza, problemas gastrointestinais, baixa imunidade, dores de cabeça, pressão encefálica e outros são frequentes em quem tem Síndrome de Burnout;
- Problemas cognitivos: a pessoa pode passar por sintomas como lapsos de memória, dificuldades para se concentrar, desinteresse geral, pessimismo recorrente e medo de tomar decisões, entre outros;
- Isolamento e fuga do trabalho: a pessoa pode se tornar anti social, evitando interações humanas. Ela também pode começar a tomar atitudes para evitar o trabalho de maneira instintiva, como faltar, atrasar, procrastinar ou encontrar maneiras de se evadir de suas atividades;
- Humor alterado: sensações de irritabilidade, ansiedade constante, depressão, variações de humor e tristeza recorrentes também podem significar um diagnóstico de Síndrome de Burnout.
Como é o diagnóstico da Síndrome de Burnout?
Antes mesmo de falar sobre o diagnóstico da Síndrome de Burnout por um profissional de saúde, recomendamos que a sua empresa, em especial o time de RH, estejam atentos aos comportamentos dos colaboradores. Posturas suspeitas, que possam indicar um problema como este, devem receber o suporte adequado da sua empresa sempre que necessário.
Por fim, o diagnóstico do Burnout vem de um profissional de saúde mental, normalmente, um psicólogo ou médico psiquiatra. O paciente passará por consultas, entrevistas, questionários e até mesmo exames clínicos que atestarão o problema ocupacional do colaborador.
Tem mais dúvidas sobre este e outros motivos que podem levar ao afastamento do trabalho? Este artigo do nosso blog pode te ajudar!
Qual o tratamento para a Síndrome de Burnout?
O tratamento para a Síndrome de Burnout geralmente envolve uma abordagem múltipla, que busca combater tanto as causas da doença, quanto seus efeitos.
Para combater as causas do Burnout, o colaborador pode buscar realizar alterações em sua carreira, rotinas pessoais e profissionais, além de passar por aconselhamento profissional e reavaliar sua trajetória. Mudanças no ambiente de trabalho, promovidas pela empresa, também podem ajudar a tratar a Síndrome de Burnout,
Além disso, a pessoa também pode agir para remediar o Burnout em que já se encontra. Para isso, medidas como psicoterapia são de grande ajuda. Além disso, treinamentos de habilidades mentais para se blindar contra os sintomas também são uma boa escolha. Por fim, se necessário, a pessoa também pode tomar medicação específica contra os sintomas.
Quanto tempo o colaborador com a Síndrome de Burnout pode ficar afastado do trabalho?
Quando se trata de afastamento por doença – o que inclui a Síndrome de Burnout, o funcionário pode ficar afastado por até 15 dias. Caso o tempo seja maior, o colaborador terá direito ao auxílio-doença do INSS. Por fim, caso não tenha condições de voltar ao trabalho, esta pessoa terá direito à aposentadoria por invalidez, embora isso seja raro no que diz respeito a Burnout.
Contudo, atenção: a Síndrome do Burnout não é motivo para uma empresa demitir um colaborador por justa causa. Veja todos os motivos possíveis clicando neste link.
Consequências da Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho
A Síndrome de Burnout pode ter consequências bastante sérias para o ambiente de trabalho de sua empresa. Embora ela não seja contagiosa diretamente, a presença de colaboradores incapacitados pelo estresse é maléfica para todo o conjunto da corporação.
E os efeitos são catastróficos: queda de produtividade, desmotivação coletiva, absenteísmo, aumento do turnover e piora considerável do clima organizacional, apenas para citar alguns casos.
A sua empresa também terá dificuldades estratégicas como marca empregadora. Poderá ter problemas para reter talentos e acumular uma má reputação no mercado de trabalho. Tudo isso dificultará à sua empresa contratar os melhores profissionais.
Quer melhorar o seu ambiente de trabalho? O conteúdo a seguir pode ser útil para você. Confira!
O que o RH pode fazer para evitar a Síndrome de Burnout na empresa?
A Síndrome de Burnout é uma questão complexa, que muitas vezes também envolve fatores extra-profissionais. Porém, é dever da corporação tomar medidas para minimizar e mitigar esta doença em seus quadros.
Além do pleno respeito aos direitos trabalhistas, empresas também podem realizar programas de bem-estar e vida saudável para seus colaboradores. Promover momentos de lazer e integração no trabalho, realizar momentos de estímulo à saúde mental, criar uma cultura organizacional saudável e promover o diálogo dentro da empresa.
A MarQ. oferece uma série de funcionalidades que ajudam a sua empresa a evitar a Síndrome de Burnout. Com nosso controle de ponto, por exemplo, a sua empresa assegura que fará o pagamento correto aos colaboradores, bem como o respeito às horas extras, intervalos, férias e outros descansos previstos em lei.
Além disso, a plataforma de benefícios flexíveis que oferecemos ajudam a sua empresa a promover a saúde, o bem-estar, o lazer e a cultura dos colaboradores como benefícios que eles podem utilizar da maneira que preferirem.
A nossa plataforma também emite indicadores e relatórios que ajudam sua empresa a compreender padrões de absenteísmo. Assim, o RH tem uma noção mais real de quem pode estar sendo afetado por problemas desta natureza, promovendo ações preventivas e corretivas para o Burnout e outras doenças do trabalho.
Conclusão
Infelizmente, a Síndrome de Burnout já é uma realidade presente na vida de milhares de trabalhadores Brasil e mundo afora. Como você viu neste artigo, esta doença ocupacional causa mal-estar, infelicidade e perdas de produtividade que podem condenar uma empresa.
Por isso, o seu empreendimento deve sempre levar a saúde mental e física dos colaboradores a sério. As soluções da MarQ. auxiliam nesta missão. Teste nossas soluções por sete dias sem custo nenhum e saiba mais!